Introdução à P.N.L. na educação
- Leonardo Lacerda
- 3 de jan. de 2019
- 3 min de leitura
Existem vários métodos que ajudam no processo de ensino-aprendizagem, cabendo a cada educador/instituição/política pública trabalhar para entender e aplicar aquele que melhor se aplica à realidade que se apresenta.
Um dos que será apresentado aqui é a PNL sigla da Programação Neurolinguística: método que estuda os padrões (programações das pessoas) criados pela interação entre o cérebro (neuro), a linguagem utilizada verbalmente ou nos pensamentos (linguística) e o corpo. Assim, estuda-se como os pensamentos (e sentimentos) são processados pelos pessoas.
Um método que mistura a psicologia, a comunicação, a matemática e a hipnose; muito utilizado como processo de modelagem, ou seja, parte-se do princípio que se um sujeito faz bem uma coisa, é possível que outro também o faço, desde que se saiba os processos e estratégias utilizadas pelo primeiro. Assista ao vídeo abaixo e entenda mais:
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Então, o resultado advém dos comportamentos humanos, que derivam de experiências passadas e mapas cognitivos (como se processa as informações, pensamentos e sentimentos).

Cada ser humano possui um mapa ou modelo de mundo, que fornece base para a comunicamos, seja pelo tom de voz, frases, expressão facial, gestos, contato visual, forma de caminhar, de vestir, etc. Ou seja, não expressamos somente aquilo que falamos... nós somos a mensagem. E nesse sentido, algumas pressuposições são pertinentes para quem quer se comunicar bem, como:
O que importa é o que a outra pessoa ou grupo percebe o que você disse, não o que você queria dizer. A comunicação, dessa forma, é de responsabilidade de quem se expressa;
A comunicação não-verbal tem um peso significativo na troca de mensagens, portanto, preste atenção ao seu corpo, postura, vestimenta, etc. Para mais detalhes, leia o livro "O Corpo Fala" [https://www.amazon.com.br/Corpo-fala-linguagem-silenciosa-comunica%C3%A7%C3%A3o/dp/8532602088?tag=goog0ef-20&smid=A2RLZNRFCIUH15&ascsubtag=go_1494986073_58431735035_285514469186_aud-519888259198:pla-512063508958_c_];
O mapa que cada pessoa tem não traduz claramente o território representado. Reage-se à uma representação da realidade, não a realidade em si. Por isso é importante se manter atento aos seus pensamentos e sentimentos para fazer a tradução mais apropriada do território/realidade;
Se você deseja ensinar ou influenciar pessoas, conheça e respeite o modelo de mundo delas. A comunicação e interação se tornará mais fácil, mas é preciso se permitir entrar no mundo do outro, sem julgamento. Sobre esse tema, leia o post:[https://leolllacerda.wixsite.com/exceda-se/inicio/julgamentos-em-sala-de-aula];
Ajuda muito saber em que estado (físico, mental, e emocional) o indivíduo se encontra, pois são os estados que motivam, tornam mais aptos a utilizar ferramentas pessoais;
Todo comportamento tem uma razão de ser e procura sanar uma necessidade ou desejo. Importa saber se é a melhor opção e porque determinada pessoa age dessa forma;
Essa metodologia ajuda os alunos a enxergarem mais escolhas na vida, sem tomar as decisões por eles;
Parte-se do princípio que qualquer pessoa pode aprender qualquer coisa, desde que esteja a aberto a isso e se prepare para o desafio;
Todo resultado (bom, ruim, mediano) é um feedback, e é importante saber assimilá-lo e aprender com ele para continuar crescendo;
Os sentidos fazem processar as informações, e com isso se dá sentido ao mundo.
O uso da PNL na educação exige um treinamento nas suas concepções e técnicas, e tem como premissa o ciclo da aprendizagem, que conta com 4 fases:
Incompetência Inconsciente: estado em que a pessoa não sabe que não sabe de alguma coisa. Um exemplo é uma criança que nunca viu uma bicicleta e nem saberque é possível usá-la para transporte;
Incompetência Consciente: desperta-se para algo novo e percebe-se que não se sabe fazer aquilo. Ex: quando a criança vê alguém andando de bicicleta e percebe que não sabe como se equilibrar;
Competência Consciente: quando a pessoa está aprendendo e presta atenção no que está fazendo. No caso, quando a criança usa a bicicleta e se esforça para dominá-la, estando atenta a tudo sobre essa nova habilidade (freiar, pedalar, equilibrar, etc);
Competência Inconsciente: momento em que se realiza algo sem estar atento à isso. Voltando ao exemplo, a criança que já dominou os fundamentos de andar de bicicleta e realiza tal ação sem precisar acionar os fundamentos dessa habilidade.
Para finalizar, cabe dizer que utilizar a PNL em qualquer campo que seja, inclusive na educação, exige atuação/preparação de dois fundamentos:
a Metacognição = a capacidade de se observar, tornando-se consciente de si mesmo (pensamentos, sentimentos, comportamentos);
o Estabelecimento de Metas: destrinchar os desafios/objetivos em pequenas partes que estimulem e possibilitem o sujeito a manter o interesse e o foco.
Mais sobre esse método será escrito, mas é importante ter em mente à base de uma nova tecnologia para sair da faze Incompetência-Inconsciente.
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