Escola sem narrativa?
- Leonardo Lacerda
- 20 de nov. de 2018
- 2 min de leitura
Lendo um artigo científico intitulado "Narrativas no Desing: Um Estudo de Tipos, Aplicações e Funções de Narrativas na Prática do Desing", deparei-me com um conteúdo que vem sendo aplicado no desenvolvimento de produtos: a narrativa.
Os autores Sílvia Grimaldi, Steven Fokking e Ioana Ocnarescu iniciam informando a importância da narrativa (formas como um história/estória é contada) para as pessoas, já que é um elemento central em nossas vidas. Isso acontece porque a narrativa é um veículo que ajuda a nos lembrar mais nitidamente da história (talvez porque nos sintamos parte dela), ajuda a organizar a memória (pois seguimos uma linha bem estabelecida em nossa lembrança) e nos faz ter uma compreensão mais clara da passagem do tempo e dos eventos ocorridos.
Essa contação de história/estória é um processo de trocar informações de forma mais significativa, utilizando tanto o aspecto racional como o emocional. Esse conjunto de elementos torna esse tipo de experiência mais memorável e nos faz refletir sobre nós mesmos e o mundo em que vivemos.
Contudo, assim como na área do Desing, a narrativa recebe pouco estudo sistemático nas escolas, fazendo com que a antiga técnica de contar história não seja aproveitada nesse ambiente.
Para ajudar nessa empreitada, trarei abaixo dois pontos que os autores do referido artigo estudaram a respeito das narrativas: suas funções e seus elementos.
Como função, a contação de história apresenta um número considerável:
transportar informação (explicar algo ou comunicar ideias);
evocar reflexão (ilustrar problemas socioculturais);
apresentar/ensinar valor (moral da história);
criar empatia e identificação (com algum personagem, ideia, perspectiva);
estimular a imaginação e a criatividade (inspirar para novas percepções);
aumentar a memória (fatos narrados ficam mais fáceis de serem lembrados);
criar o deleite (fornece prazer ao ouvinte).
Os elementos da narrativa, por sua vez, podem auxiliar no desenvolvimento de aulas mais instigantes. Por isso é importante atentar para cada um dos cinco:
Representação de evento(s), ou seja, o estabelecimento de um contexto. Por exemplo, "começou a chover";
Representação de personagem(ns) - pessoa(s) ou entidade(s) que agirão na trama;
Representação cronológica - sequência de eventos;
Representação de causalidade(s) - cada ação gera uma reação;
Representação de valores e emoções - os personagens sentem profundamente a experiência e evocam ou entram em conflito com seus valores, envolvendo o ouvinte/leitor nesse processo;
Representação de conflito(s) [gerados pela vivência do personagem e de como o mesmo lida com os problemas] e de clímax [a história culmina em um ponto intenso, em que uma grande mudança/decisão ocorrerá].
Uma forma resumida de entender o que foi escrito acima pode ser vista abaixo:

Já o vídeo a seguir mostra outra forma de perceber a narrativa:
Com tais informações já é possível criar um enredo em sala de aula tendo os(as) alunos(as) como ouvintes, leitores(as), participantes da história; direcionando-os(as) para um aprofundamento maior na disciplina em que se leciona.
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